Bem vindo

Paróquia Santa Terezinha
Comunidade Nossa Senhora de Lourdes
Comunidade São José do Icaraí
Comunidade Santo Eugenio de Mazenod
Comunidade São Joaquim

quarta-feira, 30 de março de 2011

MISSA DE ENCERRAMENTO DO CERCO DE JERICÓ

O Grupo de Oração Amigos de Jesus da Comunidade Nossa Senhora de Lourdes convida a todos para participarem da missa de encerramento dos 07 encontros do Cerco de Jericó que acontecerá sábado dia 02 de abril às 20 hs. O celebrante será o Pe. Edson da Paróquia São Pedro da Lapa.
Venha agradecer a Deus por todas as graças em sua vida.

Rua Jorge Pires Ramalho, 583 - V. Terezinha - Telefone: (11) 3921 3464.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Missa dos jovens

Missa dos jovens - 
Paróquia Bom Pastor
27 de março  16h -

Formação Paroquial Geral



Formação Paroquial Geral (Ministros, Equipes de liturgia, Coordenares, cantores, tocadores, leigos e etc...) -
com o Pe. Valdiran - 
Tema: Quaresma - 
Local Paróquia Santa Terezinha
26 de Março - Sábado - 20h

terça-feira, 22 de março de 2011

Campanha da Fraternidade

Nossa Paroquia Santa Terezinha junto com as Paróquias do Setor Cantaros - Bom Pastor, São Francisco, São José Operário do Damasceno e também a Paróquia Imaculado Coração de Maria do Setor São José Operário fomos em caminhada para a celebração de abertura regional da Campanha da Fraternidade 2011, que aconteceu na EMEF Professor Páscoli Melaré, no Jardim Elisa Maria.

OLHAR EPISCOPAL - EDIÇÃO 06


FRATERNIDADE E VIDA NO PLANETA (I)
por dom Milton Kenan Junior

A cada ano, a Igreja no Brasil, ao celebrar o tempo da Quaresma, que a conduz à celebração da Páscoa da Ressurreição do Senhor, realiza a Campanha da Fraternidade, enfocando um aspecto da realidade que está a exigir conversão e uma atenção mais concreta dos cristãos.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade trata do tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”, tendo como lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).
Já pelo tema se vê que o que merece uma maior atenção de nossa parte é a Vida, nas suas mais múltiplas formas no nosso planeta. Poderíamos dizer que a Vida está ameaçada, corre o risco de num tempo bem mais curto que imaginamos ficar seriamente comprometida, ou talvez desaparecer completamente.
O texto-base da Campanha da Fraternidade chama a nossa atenção para a elevação dos valores médios da temperatura na superfície do planeta, hoje em torno de 15°C, quando há 100 anos era 14,5°C, o que pode provocar alterações de várias ordens; diz também que a partir de 1750, a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera aumentou 40%, enquanto o metano (CH4) aumentou 150%. Esse é um dos fatores responsável pelo “efeito estufa”, grande vilão das mudanças climáticas, ou seja, a temperatura tende a aumentar cada vez mais (cf. Texto-base nn. 10. 15).
É triste constatar que a temperatura da superfície deve aumentar em cerca de 2,4°C até 2050, mesmo se a humanidade mudar seu padrão de produção e consumo imediatamente; mas poderá ser pior (atingindo o índice de 4°C) se a humanidade não mudar seus hábitos e não se preocupar com o planeta que vivemos (cf. Texto-base n.24).
A partir desses e de outros dados, que o texto-base CF 2011 nos apresenta, compreendemos que diante da problemática ambiental é necessário um pensar global, ou seja, compreender que a preservação da vida no planeta exige compromissos e posturas reais das nações, entre elas, a preocupação em diminuir a emissão dos gases responsáveis pelo “efeito estufa”; através do uso de energias renováveis (aquelas que são geralmente consumidas no próprio local em que ocorre a geração, e não emitem gases de feito estufa) e, o combate do desmatamento e das queimadas, que no caso do Brasil, são responsáveis por 50% das emissões de gases de efeito estufa (cf. Texto-base nn. 34.44).
Ao mesmo tempo, é preciso diante da realidade global possuir um agir local, ou seja, ações concretas que cada pessoa pode realizar, tendo em vista colaborar nessa empreitada pela defesa e preservação do meio ambiente: o uso de bolsas e sacolas de algodão para carregar compras, diminuir a temperatura de geladeiras, ar condicionados e estufas no inverno; economia no uso da energia elétrica; para conservar os alimentos, use vidro e não alumínio ou plástico; ao escovar os dentes, não deixar a torneira aberta, evitando o desperdício de 30 litros de água etc... (cf. Propostas para se diminuir o consumo pessoal, Texto-base n. 207).
As palavras do Papa Bento XVI na sua mensagem para a abertura da Campanha da Fraternidade 2011 são iluminadoras: “O primeiro passo para uma reta relação com o mundo que nos circunda é justamente o reconhecimento, da parte do homem, da sua condição de criatura: o homem não é Deus, mas Sua imagem; por isso, ele deve procurar tornar-se mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana, há uma certa epifania de Deus. “Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas” (Bento XVI, homilia na solenidade da Santíssima Mãe de Deus, 1/1/2010).                                                                                                    
O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e aquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a “ecologia humana” (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51), ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, nesse contexto, daqueles que perdem tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio ambiente.
“Recordando que o dever de cuidar do meio ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai, e uma grande herança que Deus confiou aos brasileiros, de bom grado envio-lhes uma propiciadora bênção apostólica.” (BENTO XVI).
Rezemos e tomemos consciência do que dizemos a Deus: “Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra, e o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça. A beleza está sendo mudada em devastação, e a morte mostra a sua presença no nosso planeta. Que nesta quaresma, nos convertamos e vejamos que a criação geme em dores de parto, para que possa renascer segundo o vosso plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.” (Oração da CF-2011).


Dom Milton Kenan Junior


Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Brasilândia   
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 14 de março de 2011

FESTA DE SÃO JOSÉ

Convidamos você a participar do Tríduo à São José tendo o tema: "Com São José defendemos a vida", início em:

17 de março (quinta-feira) às 20 hs - "A vida na família" 
Preside: Pe. Konrad Körner

18 de março (sexta-feira) às 20 hs - "A vida dos trabalhadores"
Preside: Diácono Juscelino Minotti

19 de março (sábado) às 19 hs - "A vida dos jovens"
Preside: Pe. Jorge Feltrin
com Procissão e Missa

20 de março (domingo) às 10 hs - "A vida das crianças"
Preside: Pe. Valdiran

Todas as noites haverá barraca de pastel.

Comunidade São José - Rua Pérsio de Souza Queiróz, 199 - viela 3.
Paróquia Terezinha - (11) 3921 9577

sábado, 5 de março de 2011

CAMINHADA PENITENCIAL - SETOR CÂNTAROS

CAMINHADA PENITENCIAL - SETOR CÂNTAROS
CAMPANHA DA “FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA”
“A CRIAÇÃO GEME EM DORES DE PARTO” (Rm 8,22)

CONCENTRAÇÃO DAS COMUNIDADES:
Em frente a Padaria Colosso na Cantídio

DIA: 13 de março de 2011

HORA: 13:00H

LOCAL: Jd. Vista Alegre                              “Um coração arrependido e humilhado,
Ó Deus, não haveis de desprezar”. (Sl 50,9)

*quem puder, ir de camiseta marrom

OLHAR EPISCOPAL – EDIÇÃO 05

OLHAR EPISCOPAL – EDIÇÃO 05
por dom Milton Kenan Junior
PARÓQUIA, TORNA-TE O QUE TU ÉS!

Numa leitura rápida da Carta Pastoral de Dom Odilo, nosso Cardeal Arcebispo, à Arquidiocese de S. Paulo, publicada no ultimo dia 15 de fevereiro no encontro com o clero arquidiocesano, no Centro “Santa Fé”, na Via Anhanguera, chamou minha atenção algumas idéias básicas, que creio possam ajudar na leitura e apreciação deste significativo texto.
1. Paróquia real ou virtual? – Já de inicio encontramos uma preocupação com a vida de cada paróquia, na sua realidade não imaginária, mas concreta: “Como está a paróquia, a nossa paróquia? Conhecemos bem a realidade, pelo menos a realidade religiosa, de nossa paróquia? Há nela vazios, espaços ou situações não atendidas pela ação de nossa Igreja ? “ Como se vê há uma inquietação importante e, de certa forma, nova: conhecer nossas paróquias na sua realidade concreta, no seu “mundo real” utilizando uma expressão dos nossos dias, fugindo do imaginário ou da possibilidade “virtual”. Neste aspecto compreende-se a importância dos Questionários e do Seminário “Paróquia: Comunidade de Comunidades na realidade urbana”, encaminhados pelo Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, que se realizarão nas Regiões Episcopais, como uma tentativa de diagnosticar, valorizar e incrementar atividades e iniciativas paroquiais.
2. Atenção à vida eclesial “na base” – Na perspectiva de conhecer a Paróquia real, também inicialmente e depois ao longo do texto, se fala de Paróquia como Igreja “na base”; portanto debruçar-se sobre as paróquias é debruçar-se sobre a base da Igreja. “A paróquia é, na expressão local e concreta, aquilo que a Igreja é no seu todo.” (p.5) “A paróquia é a Igreja “na base”, onde a vida e a missão da Igreja acontecem; é a célula viva da Igreja, lugar privilegiado no qual a maioria dos batizados tem a possibilidade de fazer uma experiência concreta do encontro com Cristo e da comunhão eclesial.” (p.8) Assim, “se a paróquia vai bem, a Igreja ali também vai bem; se a paróquia vai mal, ali a Igreja vai mal. A Igreja corre o risco de “rodar no vazio” e de ser reduzida a uma série de estruturas, instituições e organizações, sem chegar às pessoas concretas, se as paróquias não vivem bem sua identidade e missão e não são a expressão de comunidades vivas e dinâmicas, ou se carecem de objetivos e organização pastoral.”(p.5) Trata-se de um olhar para a Igreja “na base”, ou seja para as paróquias onde a maioria absoluta dos fiéis tem a possibilidade de encontrar-se com Cristo e fazer uma forte experiência comunitária.
3. O que é a paróquia? Partindo do conceito dado pelo Direito Canônico que define a paróquia como “uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, e seu cuidado é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo diocesano” (cf. cân. 515) encontramos na Carta diversas definições que se complementam e enriquecem a compreensão do conceito de paróquia: “comunidade missionária dos discípulos de Cristo no meio do mundo”; “Ela é o rosto mais visível e concreto do Mistério da Igreja, “Sacramento da salvação” no mundo: é uma comunidade de batizados, congregados em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, vivendo a fé, a esperança e a caridade.” (p.7) “A paróquia é, acima de tudo, uma comunidade de pessoas, uma porção do Povo de Deus, que se congrega concretamente e de forma organizada em nome de Cristo, confiada aos cuidados pastorais de um Ministro ordenado (Padre); ele a reúne e serve nas coisas de Deus e da Igreja, forma na fé, anima e conduz na esperança e na caridade.” (p.9) “A paróquia deve ser uma comunidade viva e vibrante de fé e alegria cristã, que atrai para Cristo e medeia, de muitas maneiras, o encontro pessoal com Ele; ao mesmo tempo, o “espaço” onde se vive e cultiva a mística que decorre desse encontro com Cristo na liturgia, na caridade e no serviço aos irmãos e ao mundo, em nome da fé e como fruto da fé.” (p.18) “A paróquia é, e deve ser, uma “comunidade de comunidades” (cf. DAp nn. 164-180), “é bem mais do que uma única comunidade homogênea: nela há muitas expressões de vida eclesial, que precisam ser valorizadas, animadas e envolvidas mais diretamente na realização da única missão da Igreja.” (p.21) “Na paróquia está o povo de Deus, com a riqueza e a variedade de dons e carismas, que o Espírito Santo concede para a vitalidade de todo o corpo eclesial.” (p. 14)
4. Para que existem as Paróquias? – A partir destas definições seria espontânea a pergunta, para que existem as paróquias? Qual a razão de ser delas? Qual a grande meta que devem perseguir para cumprir a sua missão? “A paróquia pode realizar muitas atividades sociais, culturais e religiosas. Mas seu objetivo primordial é proporcionar aos seus membros uma rica e variada experiência da fé cristã católica, alimentada nas fontes da fé e da vida cristã e eclesial, que são a Palavra de Deus, a Tradição viva da fé da Igreja, a Liturgia e a riqueza mística do seguimento de Cristo, segundo o Evangelho, manifestada na vida dos santos. As várias atividades organizadas na Paróquia devem ser decorrência dessa missão e objetivo primordiais; e, dessa fonte, vão beber sempre sua inspiração e dinamismo. Contrariamente, a paróquia torna-se uma estrutura sem alma, ou uma entidade de prestação de vários serviços, talvez até úteis, mas sem identidade própria, pois estará deixando de lado sua missão principal.”(p. 18) Mais adiante retoma o pensamento dizendo: “A paróquia tem a missão de proporcionar aos fiéis muitas ocasiões de encontro com Cristo e, por meio dele, com Deus, no dom do Espírito Santo: na Palavra de Deus, na Eucaristia e nos demais Sacramentos, na mística da fé sobrenatural e da vivência eclesial, na experiência amorosa da oração pessoal e comunitária, na caridade atenta para com os pobres, doentes e todas as pessoas que sofrem, na promoção da justiça, da solidariedade, da beleza; a experiência do encontro com Cristo também é favorecida pelo testemunho luminoso dos santos e mártires, que nos precederam na fé e enriqueceram a vida da Igreja com seu exemplo.” (p.25)
5. Uma comunidade eucarística – Diversas vezes o Cardeal fala da paróquia como uma “comunidade eucarística”: “A assembléia eucarística é a expressão mais visível e sacramental da Igreja.” (p.7) “A comunidade paroquial é significada e torna-se visível, de modo especialmente profundo, na celebração eucarística dominical.” (p.19) “O momento melhor e a expressão mais perfeita da comunhão da Igreja acontece na celebração da Eucaristia, sob a guia dos Ministros ordenados, constituídos Pastores para servir, animar e conduzir, em nome de Cristo, todo o corpo ecesial.” (p.21)
6. Vida e missão da paróquia – Ao tratar da vida e missão da paróquia, a ênfase é dada também aqui, como conseqüência lógica ao tríplice múnus (profético, sacerdotal e
pastoral) de Cristo. Nas pegadas de Jesus, cada discípulo missionário e por conseqüência cada comunidade eclesial são chamados a tornar visível a missão de Cristo na sua própria vida e missão. Assim,no que tange ao múnus profético, cabe a cada comunidade “anunciar a Palavra de Deus e testemunhá-la pela vida”, pois “ sem um serviço constante e amoroso à Palavra de Deus, a fé esfria, a moral se desvia, as organizações eclesiais perdem seu sentido e a comunidade fica desorientada. Seria como uma árvore que não recebe mais água...”(p.9) Neste sentido deve ser dado realce ao querigma cristão, a proclamação e acolhida da Palavra de Deus de modo privilegiado na Liturgia, com a proclamação das leituras bíblicas e a homilia, a leitura e estudo bíblico pessoal ou em grupos, a leitura orante da Palavra de Deus; a formação cristã por meio de uma catequese sistemática e permanente, nas pregações, retiros e outros encontros e momentos de formação cristã, bem como no estudo da teologia, fazendo do Catecismo da Igreja Católica uma referencia constante para a formação do povo na fé católica.(p. 10) No que diz respeito ao múnus sacerdotal: “a paróquia tem a missão de proporcionar a todos os fiéis os meios para a santificação, mediante a celebração dos Sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Penitência, o cultivo da oração pessoal e comunitária, o incentivo à escuta atenta e à pratica da Palavra de Deus e das virtudes humanas e cristãs, em particular, a caridade.” Cabe então recuperar a centralidade da celebração dominical para a vida da paróquia, valorizar devidamente a Liturgia com toda a sua riqueza espiritual e força evangelizadora, a celebração diária da Santa Missa, promoção do culto eucarístico e demais devoções populares conforme a orientação da Igreja, dar o devido valor a todos e cada um dos Sacramentos da Igreja, em especial ao Sacramento do Perdão, tendo e divulgando claramente os horários para o atendimento das confissões, como pede a disciplina da Igreja; cuidando também para se evitar que alguns sacramentos sejam absorvidos pela lógica do mercado consumista. Quando trata do múnus pastoral: “a paróquia deve ser o lugar da acolhida de todos, do interesse alegre pelas pessoas e da atenção delicada em relação a todos os que sofrem; deve ser o lugar da busca daqueles que estão distantes, enfim, da pratica de todas aquelas belas qualidades do Bom Pastor, que reúne, conhece, chama pelo nome, conduz, defende, corrige, procura, ama até entregar a vida pelas ovelhas” (cf. Ex 34; Jo 10,10). Para isso, além da sua dimensão pessoal a caridade tem também uma dimensão comunitária e organizada, não devendo faltar obras sociais e outras iniciativas de solidariedade social e de voluntariado. Na atenção e promoção da dignidade da pessoa da pessoa e dos direitos humanos, será importante promover a Doutrina Social da Igreja. No que diz respeito ao pastorei lembrou-se a responsabilidade pastoral partilhada com toda a comunidade e a boa administração dos bens materiais de que a paróquia precisa para viver e para cumprir sua missão, daí a importância de cada paróquia possuir Conselho de Assuntos Econômicos e Conselho de Pastoral.
7. Chamado à conversão paroquial: Se no início a primeira preocupação fora a constatação da realidade da paróquia e a identidade da mesma, ao longo da Carta há uma outra preocupação, tão importante, que se impõe como algo urgente, ou seja, a necessidade da “conversão pastoral e missionária” à qual as paróquias são convocadas seja pelo Documento de Aparecida, como pelo próprio 10° Plano de Pastoral da Arquidiocese (p.5). Trata-se uma “conversão pastoral e missionária” que deve se
aplicar não só aos membros da Igreja, “mas também de suas instituições e organizações pastorais, para ir além de uma pastoral voltada mais para a conservação daquilo que temos. É preciso adotar uma nova atitude e preocupação pastoral, que traduza um claro objetivo missionário em todos os níveis e âmbitos da vida eclesial.” (p.6) “Diante dos tempos novos e condições culturais mudadas, devemos rever seriamente nossas maneiras de ser e viver a vida e a missão eclesial. Em Aparecida pede-se que haja uma verdadeira “conversão pastoral”, superando cansaços e formas inadequadas e ineficazes de evangelizar e fazer pastoral; é necessário, sobretudo, ir além da preocupação com a mera conservação do que já existe, para imprimir à ação pastoral uma decidida preocupação missionária.” (p.24) A “conversão pastoral” exige portanto que, “antes de renovar estruturas, é preciso renovar pessoas, mentalidade e posturas; trata-se de desenvolver uma nova “cultura pastoral”, que tenha sempre presente a preocupação missionária e nos faça pensar, não apenas na satisfação das próprias buscas espirituais e religiosas, mas também na partilha dos bens da fé e da vida eclesial com aqueles que já participam da vida da Igreja, ou com aqueles que fazem parte dele mas ficaram distantes, ou se afastaram dela.”(p.25)
8. Paróquia missionária: A “conversão pastoral e missionária” proclamada pela Conferencia de Aparecida exige a compreensão da paróquia como “comunidade missionária dos discípulos de Cristo” no meio do mundo (p.9); e por isso, “nossa preocupação e ação missionárias devem estender-se a todos, também àqueles que abandonaram a fé, ou nunca sentiram a alegria de crer....Nossas paróquias, por isso, não podem perder de vista a dimensão missionária “ad gentes”; as iniciativas de outubro, “mês das missões”, são importantes para manter atento o olhar para o vasto horizonte da missão, que se estende para bem além dos limites paroquiais e alcança o mundo inteiro. Mas é importante que a paróquia também reflita sobre o alcance propriamente territorial de sua missão, para ver se não há vazios de presença eclesial nos espaços da paróquia. Há hospitais sem assistência? Há escolas, presídios, condomínios ou inteiros bairros sem nossa presença religiosa? É muito recomendável a setorização territorial da paróquia, promovendo o surgimento de novas comunidades, onde faltam, através de um trabalho missionário no interior da própria paróquia, que é a unidade missionária fundamental da Igreja; sua ação evangelizadora deve estender-se a toda a área, ou âmbito, de sua competência.”(p.26) “O futuro de nossa Igreja e da paróquia depende de nosso ânimo missionária hoje.” (p.27)
9. Desafios à vida e missão das paróquias: Nesta leitura da Carta Pastoral de Dom Odilo à Arquidiocese de S. Paulo, constatam-se alguns desafios que, na verdade, revelam o quanto o texto por si próprio é desafiador para as paróquias no contexto urbano e globalizado em que estão inseridas. Um primeiro desafio será superar o isolamento ou seja, compreender que “nenhuma paróquia se basta a si mesma, nem realiza sozinha e autonomamente a sua missão, mas o faz na comunhão da Igreja particular, reunida em torno do bispo (a diocese) e na comunhão universal da Igreja, reunida em torno do Papa”(p.8) , “também a paróquia não se basta e não deve fechar-se sobre si mesma; ela está unida às demais paróquias e ao Bispo, sucessor dos Apóstolos, que une em torno de si – de Cristo Pastor – a grande comunidade diocesana na comunhão da mesma fé, esperança e caridade.” (p.21). Quando fala das “muitas expressões de vida eclesial, que precisam ser valorizadas, animadas e envolvidas mais diretamente na
realização da única missão da Igreja” observa-se que “as variadas expressões de vida eclesial das “comunidades menores” não se bastam a si mesmas, mas completam-se na relação com a comunhão eclesial mais ampla, que acontece na paróquia, na diocese e na comunhão universal da Igreja.” (p.21) Um outro desafio é reforçar o espírito comunitário entre fiéis e pastores, pois, “a vida comunitária é essencial à vivencia da fé crista. Ser discípulos missionários de Jesus Cristo supõe pertencer a uma comunidade cristã determinada.”(p.20) Na realidade urbana de S. Paulo como podemos estimular e valorizar “dentro da paróquia, as comunidades menores, como as comunidades eclesiais de base, capelas de bairro e outras formas de comunidade e expressões de vida eclesial, onde as pessoas tenham a possibilidade de uma participação mais pessoa, de receber ajuda ou de colocar seus dons a serviço da vida e da missão eclesial”? (p.20) E, por fim, desafia-nos a conversão pastoral e missionária preconizada pela Conferencia de Aparecida e pelo 10° Plano de Pastoral da Arquidiocese de S. Paulo; sobretudo quando se afirma que “o futuro de nossa Igreja e da paróquia depende de nosso ânimo missionário hoje.”(p.27)
10. Padres, colabores diretos nesta tarefa! – Na Carta quando fala dos muitos membros e agentes pastorais atuantes em nossas paróquias Dom Odilo refere-se a tarefa dos leigos (p.13-14); dos ministros ordenados, sacerdotes e diáconos (p.15), dos religiosos e religiosas como também das novas formas de Vida Consagrada (p.16-17); entretanto, ao concluir refere-se explícita e fortemente ao papel do presbítero, dizendo que “a renovação da comunidade paroquial depende, em boa parte, da renovação na vivência do ministério sacerdotal.” (p.28) Ao padre cabe “servir sem reservas a comunidade paroquial, a exemplo do Bom Pastor, e de envolver nos “cuidados pastorais” toda a comunidade dos batizados à sua volta, a qual também participa da caridade pastoral de Cristo e a deve expressar de muitas maneiras.”(p.29)
Sem querer substituir a leitura e reflexão da Carta Pastoral de Dom Odilo ofereço este texto, pensando que possa ajudar a perceber as linhas, preocupações, indicações e mística que Dom Odilo oferece ao convocar as paróquias a tornarem-se o que de fato são.
“Paróquia, torna-te o que tu és!” é o grande lema a nos impulsionar na reflexão e compreensão das paróquias neste biênio 2010 e 2011. Vamos em frente!
Dom Milton Kenan Júnior
Bispo Aux. de S. Paulo
Vigário Episcopal para Reg. Brasilândia

sexta-feira, 4 de março de 2011

HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Abertura Regional da Campanha da Fraternidade
Participe da Celebração de Abertura da Campanha da Fraternidade 2011
Dia 13 de março - domingo a partir das 15h
EMEF Prof. Primo Páscoli Melaré
Av. Inajar de Souza, 6975


No mesmo local haverá a Feira de Economia Solidária, aproveite para comprar os produtos da Economia Solidária desenvolvidos pelos grupos da Região Episcopal Brasilândia.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Arquidiocese celebra abertura da CF 2011


Na Quarta-feira de Cinzas (9), início do Tempo da Quaresma, também acontece a abertura da Campanha da Fraternidade (CF) 2011, que neste ano terá como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”, com o lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8, 22).

Para marcar esta data, a Arquidiocese de São Paulo celebra uma solene missa na Catedral da Sé, às 15h, presidida pelo arcebispo metropolitano, cardeal dom Odilo Pedro Scherer.

De acordo com seu texto-base, a CF tem o objetivo de contribuir para o aprofundamento do debate e busca de caminhos de superação dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições da vida no planeta.

Porém, essa preocupação da Igreja Católica com o meio ambiente não é recente. Diversas iniciativas mobilizam os católicos, desde conscientização das pessoas a ações concretas para transformação do meio em que vivem.

Na Arquidiocese de São Paulo, a Pastoral da Ecologia é uma das frentes que promove a reflexão sobre os problemas ambientais da capital paulista. Além de seminários e formações, essa pastoral incentiva ações locais nas comunidades e paróquias a partir de suas necessidades.

Além da Pastoral da Ecologia, muitas entidades civis não-governamentais nasceram a partir da iniciativa de paroquianos insatisfeitos com os problemas à sua volta. Uma dessas iniciativas é a Associação Reciclázaro, que nasceu no seio das pastorais sociais na Região Episcopal Lapa, através da iniciativa dos fiéis da Paróquia São João Maria Vianney.

A população começou um mutirão para acolhida de moradores de rua e limpeza da praça em frente à matriz. “Quando a população abraçou a ideia de revitalizar a praça, não imaginávamos que chegaríamos tão longe”, relatou José Manoel Rodrigues, coordenador pedagógico do Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental (CEFOPEA), uma das ações do Reciclázaro.

“Houve um trabalho forte de sensibilização da comunidade quanto à coleta seletiva e destinação do lixo para esse programas de reciclagem, que não só recicla esses materiais, mas recicla vidas”, afirmou o coordenador, ressaltando o próprio engajamento de pessoas que estavam em situação de rua, que passavam a trabalhar com a coleta seletiva e a destinação desses materiais para a indústria e para programas de artesanato, gerando renda a partir dessa atividade.

Frentes como a do Reciclázaro oferecem uma alternativa sustentável para o problema da destinação do lixo da cidade, que também mobilizou a população do extremo leste da capital. No Jardim Santo André, na Região Episcopal Belém, o povo se uniu, com o apoio da Pastoral da Ecologia e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), para lutar contra a proposta da prefeitura de São Paulo para a construção de um aterro sanitário em uma área próxima ao Morro do Cruzeiro. A mobilização soma forças a um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que visa transformar o local em um parque nacional.

Na Região Episcopal Brasilândia, os fiéis também lutam para impedir a construção de um novo aterro sanitário em Perus. Esse novo aterro em estudo seria construído em uma área de proteção ambiental. O aterro substituirá o Bandeirantes, que está com sua capacidade esgotada.

Para a secretária municipal adjunta do Verde e Meio Ambiente, Leda Aschermann, “a organização e capilaridade da Igreja Católica a constituem importante parceira na atuação como educadores ambientais, promotores de consciência ambiental e desenvolvimento de responsabilidade com os recursos naturais”.

Ela citou algumas parcerias com a Igreja como as Irmãs de Santa Marcelina que atuam no Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), em que são incluídos aspectos relacionados ao meio ambiente no processo saúde-doença e qualidade de vida das pessoas. O mesmo acontece com a Congregação do Hospital Santa Catarina, outra importante parceira que, de acordo com Leda, “vem desenvolvendo excelente papel nas questões ambientais nas localidades em que atuam”.

(Fotos: Divulgação/CNBB)

(Com informações de O SÃO PAULO)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dom Odilo propõe conversão às Paróquias de São Paulo


Na manhã deste sábado (26), 288 lideranças da Igreja de São Paulo se reuniram na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom) para o 1° Encontro das Equipes de Coordenação da Arquidiocese.


O objetivo do encontro foi, a partir do 10° Plano Pastoral e da pluralidade de carismas eclesiais que a Igreja de São Paulo possui, planejar as ações para 2011, fortalecidos pelos resultados do Congresso de Leigos realizado em 2010. Outro novo ponto que vem nortear a ação pastoral da Arquidiocese é a 1° Carta Pastoral do arcebispo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, aos leigos e clero de São Paulo.

Intitulada ”Paróquia torna-te o que tu és”, a carta destaca a necessidade da paróquia ser uma rede de comunidades missionárias inseridas na vida da cidade. Um de seus parágrafos afirma: “É preciso tomar o seu significado teológico, místico e pastoral [paróquia], superando uma visão apenas burocrática ou jurídica”. O documento já entregue às paróquias será subsídio para a reflexão das comunidades, que também receberão questionários com o objetivo de diagnosticar virtudes e carências das paróquias da Arquidiocese de São Paulo
Se trabalhamos bem a paróquia, a base da Igreja, trabalhamos os serviços ao povo de Deus. Eu tenho muita esperança, que nós podemos dar bons passos na revitalização de nossas paróquias”, disse dom Odilo aos participantes, que também se pronunciaram, destacando a necessidade das paróquias bem acolherem aqueles que a procuram. Destacaram, também a necessidade de participarem das decisões políticas de seus entornos, como as próximas eleições dos Conselhos Tutelares da cidade. E o Vicariato do Povo de Rua divulgou o Disque 100, como meio de denunciar os descasos com o povo em situação de rua.

O encontro terminou às 12h30, com o convite desafiador do arcebispo, de as paróquias tornarem-se rede de comunidades missionárias.

(Texto: Karla Maria - Fotos: Luciney Martins)