DIA 25 DE JANEIRO - ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE SÃO PAULO

Comemorado na Sé aniversário da cidade

Com alegria, a Arquidiocese de São Paulo celebrou, na manhã de quarta-feira, 25, a festa de seu Patrono, o Apóstolo Paulo, que também dá nome à cidade – como lembrou o arcebispo metropolitano, cardeal dom Odilo Pedro Scherer – que na mesma data comemora seu aniversário de 458 anos de fundação.

A Catedral da Sé estava lotada e contou com a presença de diversas autoridades civis e militares, entre elas o vice-governador do Estado, Guilherme Afif Domingos, o prefeito Gilberto Kassab, a vice-prefeita Alda Marco Antônio, além de representantes dos poderes Legislativo e Judiciário.

Também estiveram presentes na celebração seminaristas da Arquidiocese, diáconos, padres das regiões episcopais, os bispos auxiliares , além do arcebispo emérito de Belém (PA) dom Vicente Joaquim Zico, do futuro bispo auxiliar de Vitória frei Rubens Sevilha, e do bispo da Eparquia Maronita do Brasil, dom Edgard Madi.

Em sua fala, logo no início da celebração, o prefeito Kassab lembrou de todos aqueles que, com seu trabalho, ajudaram a construir a cidade. Ressaltou, ainda, os diversos avanços que a capital já teve, mas, o quanto ainda tem para ser feito “em especial, os inúmeros desafios no campo social” salientou.

Kassab aproveitou para agradecer as parcerias que a Igreja Católica mantém com a Prefeitura e, de certa forma, amenizam, na cidade, os problemas sociais, tanto dos que aqui moram, ou daqueles que só estão de passagem “é evidente que o poder público não pode deixar de registrar seu agradecimento aqueles que o ajudam. E estabelecem parcerias para essa ação tão importante junto a essas pessoas. E nessa parceria se destaca a Igreja Católica” disse o prefeito.

Já ao fazer a saudação inicial, dom Odilo colocou como exemplo a figura do Apóstolo Paulo, discípulo missionário de Jesus Cristo, para que os fiéis possam testemunhar a presença de Deus na cidade e colaborar na construção de um ambiente sempre melhor, que acolha a todos, pois, esta é a “missão da Igreja na metrópole de São Paulo”. 

Na homilia, o cardeal falou da fundação da cidade que, segundo ele, teve uma “origem humilde, despretensiosa”, porém, já demonstrava sinais de que, no futuro, seria um local onde diversos povos e culturas encontrariam lugar para se desenvolver, pois, já no seu nascimento, a cidade foi “marcada pelo encontro de povos e culturas”, e esta marca “continuou caracterizando São Paulo e, ainda hoje, de forma particular”.

Para o arcebispo metropolitano, a Igreja de São Paulo deve se perguntar, como o Apóstolo São Paulo, “Senhor o que queres que eu faça?”, e, assim, procurar o que é mais justo e mais correto. Da mesma forma, a cidade deve se questionar e buscar meios de atender a toda a população e fornecer os serviços básicos como educação, saúde, segurança e habitação.

Ruth Maria, do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, descreve o momento da celebração do Patrono como de “renovação de compromisso evangelizador”, pois o Apóstolo é um exemplo para as pastorais, um exemplo de anunciar a palavra de Deus, indo até aqueles que estão distantes. “Ele (Apóstolo Paulo) inspira o nosso trabalho pastoral”.

Já para Sueli Camargo, da Pastoral do Menor, o Apóstolo Paulo é um exemplo a ser seguido de “como estar ao lado do pobre, do sofredor, daqueles que são excluídos na nossa sociedade”.

Dom Odilo recebeu das  mãos do vice-governador Afif o texto com o conjunto de cartas do padre Anchieta ao seu supervisor geral Santo Inácio de Loyola que, como disse Afif, “é a verdadeira certidão de nascimento de São Paulo”.

Ao concluir a celebração, dom Odilo lembrou que a cidade é muito movimentada e que todos devem trabalhar em paz e com inteligência, no espírito da solidariedade e justiça, com liberdade de expressão, mas, mantendo sempre o respeito uns pelos outros. Durante toda a missa, um grupo de cerca de mil pessoas realizou ao redor da Catedral manifestações contra as ações do Poder Público na Cracolândia e na desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos.